O Ximbinha. A Joelma. A Briga Pela Fazenda de Viseu. A Avaliação de R$ 50 Mil e o Escárnio.

 

O guitarrista Ximbinha, conhecido por sua trajetória na banda Calypso e por seu relacionamento conturbado com a cantora Joelma, voltou aos holofotes ao mover uma ação judicial contra sua ex-esposa. O motivo da disputa é a divisão de uma propriedade rural localizada no estado do Pará, chamada Fazenda Ouro Verde, situada no município de Viseu. A ação foi protocolada na Vara Única da cidade no dia 11 de agosto e tem como objetivo formalizar a separação da área entre os dois.

O processo foi classificado como uma "ação de demarcação", instrumento jurídico utilizado para delimitar e dividir legalmente terrenos compartilhados. A fazenda em questão possui uma extensão de 1.489 hectares, e Ximbinha afirma que, por decisão judicial anterior, ele e Joelma são coproprietários da área, cada um com 50% de direito sobre o imóvel. 

Ximbinha relata que tentou resolver a situação de forma amigável, tendo enviado uma notificação extrajudicial à cantora, propondo uma divisão consensual da propriedade. No entanto, segundo ele, Joelma não respondeu à proposta, o que o levou a buscar uma solução formal por meio da justiça. Com isso, Ximbinha solicita que o judiciário determine a demarcação oficial da fazenda, estabelecendo os limites de cada parte.

Além do pedido de divisão, a defesa do guitarrista também requereu a citação de Joelma, para que ela se manifeste no processo. Outro ponto importante da ação é a solicitação da nomeação de dois arbitradores e de um agrimensor, profissionais responsáveis por realizar o levantamento técnico da área. Esse levantamento será feito com base em um mapa que já foi anexado aos autos do processo, e servirá para definir com precisão os limites de cada porção da fazenda. 

O valor atribuído à causa é de R$ 50 mil, o que representa os custos estimados para a realização dos procedimentos legais e técnicos envolvidos na demarcação. Embora o valor da propriedade em si seja muito superior, esse montante é utilizado apenas como referência para o andamento do processo judicial.

A disputa pela Fazenda Ouro Verde reacende os conflitos entre Ximbinha e Joelma, que já protagonizaram uma separação pública e marcada por diversas polêmicas. Desde o fim do casamento, em 2015, os dois têm se envolvido em diferentes embates legais e midiáticos, incluindo questões relacionadas à antiga banda Calypso, direitos autorais e bens adquiridos durante a união.

A expectativa é que, após ser citada judicialmente, ela apresente sua versão dos fatos e decida se aceitará a divisão proposta ou se contestará os termos da ação. A resposta da cantora poderá influenciar diretamente o andamento do caso, que pode se estender por meses, dependendo da complexidade da demarcação e da postura das partes envolvidas. 

A Fazenda Ouro Verde, além de seu valor econômico, representa também um símbolo da antiga parceria entre os dois artistas, que construíram juntos uma carreira de sucesso no cenário musical brasileiro. A separação da propriedade, portanto, carrega não apenas implicações patrimoniais, mas também emocionais, refletindo o encerramento definitivo de um capítulo importante na vida de ambos.

A cantora, por meio de sua assessoria jurídica, emitiu uma nota dura em que rebate o ex-companheiro e classifica a ação como uma tentativa midiática. Segundo o posicionamento divulgado, a medida recente do guitarrista seria redundante e sem impacto no andamento da partilha já em curso. 

“A cantora Joelma Mendes, por meio de sua defesa, esclarece que a recente ação proposta por Ximbinha em nada acrescenta ao processo de partilha já em andamento. Trata-se apenas de uma simples medida demarcatória, dentro de um pedido que já havia sido formulado pela própria Joelma com o objetivo de concluir a divisão dos bens comuns”, diz a nota. 

A equipe de defesa da artista reforça que não há novidade concreta na movimentação e acusa Ximbinha de dificultar a resolução definitiva. 

“Na prática, não há nada de novo”, afirma o comunicado. 

“O que existe é a insistência do Sr. Ximbinha em evitar o diálogo e a solução definitiva da partilha, preferindo utilizar a Justiça de forma midiática, em ações que não alteram em nada o curso do processo principal”. A nota também critica duramente a tentativa de avaliação da propriedade rural em questão. 

“Mais grave ainda é a tentativa de atribuir o valor de apenas R$ 50 mil a uma fazenda de mais de 1.400 hectares, o que constitui um verdadeiro escárnio contra a dignidade da Justiça e contra a seriedade do processo”, afirma a defesa.

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