O primeiro navio da nova rota comercial entre a China e a Amazônia chegou neste sábado (30) ao Porto de Santana, no Amapá. A embarcação veio do Porto de Zhuhai, na região da Grande Baía, no sul da China, e marca o início de uma ligação marítima direta entre os dois países. A operação de desembarque teve início neste sábado (30), com liberação dos produtos trazidos pela embarcação. A nova rota foi anunciada pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que participou das negociações para viabilizar a conexão.
Waldez esteve na China há duas semanas em busca de novas parcerias com empresários locais. Segundo ele, a rota pode beneficiar produtores da Amazônia e abrir espaço para exportação de itens como café, mel, castanha, açaí, chocolate e cupuaçu. “O consumo médio de café na China é de uma xícara por mês por pessoa. Se esse número dobrar, o Brasil terá um mercado enorme a explorar”, afirmou o ministro.
Rota mais rápida - O trajeto entre Zhuhai e Santana deve levar de 30 a 35 dias, uma redução de até duas semanas em relação às rotas tradicionais, que podem ultrapassar 50 dias. A expectativa é que o comércio internacional seja fortalecido na região Norte. O prefeito de Santana, Bala Rocha, destacou que o porto tem localização estratégica na foz do Rio Amazonas e opera com capacidade total durante todo o ano. Isso reduz custos tanto para compradores quanto para vendedores.
Durante a seca, navios enfrentam dificuldades para navegar até Manaus, o que gera taxas extras e limita o transporte de cargas. Santana, por estar no litoral, mantém a operação mesmo em períodos de estiagem.
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