Só Deus sabe (ou alguns poucos mortais), o resultado da última rodada da série B do Brasileirão. Na parte de cima, somente o Coritiba já está garantido na série A, com 65 pontos, precisando apenas de um empate com o já rebaixado Amazonas, na Arena da Amazônia, em Manaus, para sagrar-se campeão. Colado no Coritiba, mas ainda não garantido na séria A, o Atletico Paranaense tem 62 pontos e ainda sonha com a taça de campeão, dependendo de vencer o enjoado América Mineiro, na Arena da Baixada, e torcer pela derrota do Coxa.
No caso desse resultado o Atlético seria campeão, uma vez que teria o mesmo número de pontos, 65, porém 19 vitórias, uma a mais que o Coritiba. Na disputa pela terceira e quarta vaga estão Criciúma, em terceiro, com 61 pontos, Goiás, em quarto, também com 61, Chapecoense, em quinto, com 59 e Remo, em sexto, também com 59. Na prática, Criciúma e Chapeconse, um jogando fora e outro dentro de casa, só precisam vencer para garantirem o tão almejado acesso.
Já Chapecoence e Remo precisam vencer e torcer por outros resultados para subirem à elite do futebol brasileiro. O que se sabe é que, mesmo não politicamente correto, a “mala branca”, aquele ‘incentivo” para determinada equipe entregar ou endurecer, já está cruzando os céus do Brasil desde o fim da última rodada. E os clubes mais assediados, por óbvio, são Amazonas, que se vencer o Coritiba em Manaus pode dar a taça para o Atlético Paraense; o Cuiabá, que pode, a depender da direção do “vento”, facilitar ou dificultar a vida do Criciúma e o Atlético Goianiense, que, a exemplo do Cuiabá, pode ser o anjo ou o diabo nas pretensões da Chapecoense. E se como só isso não bastasse ainda tem a política entrando em campo na reta final da série B.
Esta semana, por exemplo, o vice-governador de Goiás, Daniel Vilela, torcedor declarado do Goiás, comentou que pretende acompanhar à distância o último compromisso do clube na Série B. O Esmeraldino enfrenta o Remo às 16h30, no Mangueirão, em Belém. Daniel revelou ter conversado por telefone com o governador do Pará, Helder Zahluth, torcedor do Remo, solicitando que a delegação alviverde seja bem recebida e que a segurança seja reforçada para evitar qualquer incidente envolvendo jogadores, comissão técnica e torcedores goianos.
“Ontem eu recebi uma ligação do governador Helder, que é torcedor do Remo, e falei: ‘Helder, vai devagar aí com o andor e recebe bem o Goiás’. E ele naturalmente se prontificou. Vai ser uma grande festa no domingo, e espero que o Goiás possa chegar novamente à Série A”, afirmou.
Com uma certa dose de exagero, o Goiás desembarcou em Belém com seguranças particulares e até um chefe de cozinha na delegação, em uma tentativa de minimizar riscos (com a culinária paraense) e garantir tranquilidade total até o jogo. A partida é decisiva para ambos os lados.
Na zona da degola, com Amazonas, Paysandu e Volta Redonda já rebaixados para a série C, a quarta vaga para o “inferno” espera por três candidatos: Ferroviária, com 40 pontos, que viaja até Ponta Grossa, no Paraná, para enfrentar o Operário, no estádio Germano Kruger; Botafogo SP, com 41 pontos, que recebe, em casa, o Avai e, por último, o Athletic, que desembarca em Belém para enfrentar o já rebaixado Paysandu. A sorte está lançada e é hora da porca torcer o rabo, se não for bicó !!!

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