O TJ do Pará. O Concurso Para Oficial de Justiça. Metade dos Inscritos Reprovados. O Local de Prova. O Torneio de Salão. Os Candidatos e a Denúncia no CNJ

 

Estão “pipocando” denúncias contra o Tribunal de Justiça do Estado do Pará sobre o concurso para oficial de justiça. Longo relato enviado a O Antagônico aponta para suposto favorecimento a candidatos do Pará, Maranhão, Piauí e Tocantins, em detrimento aos inscritos do Sul, Sudeste, Centro-oeste, e grande parte do Norte e Nordeste. Mais de 50% dos inscritos teriam sido reprovados no teste psicológico. A prova final do concurso ocorrerá no próximo domingo,23. O caso deve ir parar no CNJ. 

De acordo com os denunciantes, ocorreram situações absurdas nos locais de prova em Belém, como, por exemplo, um campeonato de futebol de salão, prejudicando a concentração dos concorrentes. Leia abaixo o relato enviado a nossa reportagem:

"Sao muito os pontos: Mais de 50% dos candidatos reprovados. Nenhum candidato ao cargo de Oficial de Justiça do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte e Nordeste (exceto PA, MA e alguns do PI e TO) foram aprovados no psicológico."

"Fomos obrigados a nos identificar, ferindo a impessoalidade, ja que s avaliação não foi individual, com nomes, religião, quantos filhos, etc. Ha claras discriminações diretas e indiretas (etarismo, PCds) Exigem que a devolutiva da reprovação seja entregue pessoalmente em Belem e com psicólogo para ter acesso ao laudo completo; do contrário, teremos acesso somente a um resumo, dificultando a nossa ampla defesa."

"No local da prova em Belem (UFRA) teve um campeonato de futebol de salão prejudicado a nossa concentração com o barulho E por aí vai Ah, detalhe: essa devolutiva sera no domingo 23/11, no final da Cop."

"Dá para imaginar o preço das passagens e hospedagem ne? Sendo que eles poderiam disponibilizar no proprio site, como a redação, para apresentarmos o recurso, ja que mesmo presencialmente nao será possivel fazer perguntas, questionar… Isso é uma forma de discriminação indireta, impossibilitando que todos tenham acesso a ampla defesa e privilegiando candidatos que não precisam se deslocar de outras cidades, mesmo do interior do PA, ferindo principios constitucionais como da isonomia, impessoalidade, amola defesa, legalidade Sem falar que recorrer judicialmente é outra forma de discriminar quem tem recursos financeiros para isso, pois custa cerca de 3 mil reais a 3x o valor do salario do cargo (3x 17.000,00), a depender do escritório, se especializado na causa ou não."

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