O cabo da polícia militar preso com R$ 2,5 milhões e suspeito de lavagem de dinheiro foi imediatamente exonerado da função de motorista que exercia na Casa Militar do Amazonas. A informação foi confirmada pela corporação nesta sexta-feira (5). O agente da segurança pública e outros dois homens foram detidos em flagrante na quinta-feira (4) depois de serem encontrados com o dinheiro dentro de uma bolsa em um shopping de Manaus. O cabo Rayron Costa Bezerra estava de folga no momento da prisão. A PM abriu um procedimento administrativo disciplinar para apurar a conduta dele, que também foi afastado das atividades operacionais e teve a arma funcional recolhida.
A corporação afirmou que não tolera atos ilícitos cometidos por agentes e que colaborou com a operação que levou às prisões. A PM ressaltou ainda que segue à disposição da Polícia Federal, da Justiça e de órgãos de controle nas investigações. De acordo com a Polícia Federal, a operação começou após uma denúncia anônima recebida pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/AM), que indicava a participação de um dos envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro.
“Com base na gravidade da denúncia, as equipes foram até o local e confirmaram que os três homens transportavam o valor em uma mala, com indícios do crime de lavagem de capitais”, informou a PF.
O grupo havia acabado de sacar o dinheiro em uma agência bancária dentro do shopping. No momento da abordagem, os agentes federais constataram que quem carregava a mala era o cabo da Polícia Militar. Além do cabo, também foram presos Marcos Aurélio Santos da Cruz e Ruan Lima Silva. A presença de um policial da Casa Militar chamou a atenção dos investigadores, já que esse efetivo costuma atuar em funções de segurança institucional ou dentro da sede da corporação — a não ser quando está de folga. Os três foram levados para a Superintendência Regional da Polícia Federal, onde o caso foi formalizado.

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