A justiça do Amazonas decidiu manter as prisões preventivas dos investigados no Caso Djidja Cardoso. A juíza Roseane do Vale Cavalcante Jacinto, da Comarca de Manaus, rejeitou todos os pedidos apresentados pelas defesas e afastou a alegação de excesso de prazo. A decisão foi publicada no dia 19 de dezembro. Djidja Cardoso era empresária e ex-sinhazinha do Boi Garantido. Ela foi encontrada morta em Manaus com sinais de overdose causada pelo uso de cetamina.
Segundo as investigações, Hatus Silveira era um dos responsáveis por conseguir a substância usada pela família Cardoso. Segundo a magistrada, o processo segue dentro da normalidade e a duração é justificada pela complexidade, pelo número de réus e pelo grande volume de provas. Os pedidos de revogação da prisão preventiva foram feitos pelas defesas dos seguintes envolvidos: Ademar Farias Cardoso Neto, Cleusimar de Jesus Cardoso, Hatus Moraes Silveira, José Máximo Silva de Oliveira e Sávio Soares Pereira.
Já a defesa de Verônica Seixas solicitou a retirada da tornozeleira eletrônica, mas também teve o pedido negado. Os acusados foram denunciados por captar, distribuir e usar de forma indiscriminada a substância alucinógena cetamina, de uso veterinário, também conhecida como ketamina, que afeta o sistema nervoso central. As investigações começaram após a morte de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido.
De acordo com a juíza, permanecem presentes os requisitos da prisão preventiva, como provas da materialidade, indícios de autoria e risco à ordem pública. As investigações apontam para a prática reiterada de crimes e o uso de estabelecimentos comerciais e do ambiente familiar para atividades ilícitas, o que reforça a necessidade da custódia. A magistrada também negou a substituição das prisões por medidas cautelares alternativas, como prisão domiciliar ou autorizações especiais para deslocamento.
Réus que respondem em liberdade seguem com medidas já impostas, como o monitoramento eletrônico. Outros pedidos das defesas, como restituição de bens, alegação de quebra da cadeia de custódia, reabertura da instrução e oficiamento à Corregedoria da Polícia Civil, foram negados ou adiados para análise na sentença final.
“A revogação das cautelares neste momento, sem a demonstração de fato novo ou alteração substancial do quadro fático, mostrar-se-ia temerária, comprometendo a efetividade da tutela cautelar e a proteção do regular andamento do processo”, diz a decisão.
O caso - A empresária e ex-sinhazinha do Boi Garantido no Festival de Parintins, Djidja Cardoso, foi encontrada morta há um ano, dentro de casa, em Manaus. O caso ganhou repercussão nacional por envolver drogas, religião e crimes como tráfico e associação para o tráfico, resultando em condenações pela justiça. Meses antes da morte, Djidja revelou que enfrentava um quadro de depressão.
No dia 3 de fevereiro, quando completou 32 anos, ela publicou um vídeo nas redes sociais comemorando a data com amigos e familiares, no qual compartilhou a informação:
"Só tenho a agradecer, principalmente por ter passado e superado esses meses doente (depressão, gastrite, etc)"
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