O Caso Perhrus. O Bárbaro Assassinato. O Ex-oficial de Justiça. A Condenação e a Impunidade


 

Após 17 anos do bárbaro assassinato de uma criança de 4 anos, o ex-oficial de justiça Antonio Sérgio Barata da Silva, condenando a 33 anos de prisão, segue livre, leve e solto, sem ser incomodado pela justiça. Em novembro de 2018, 10 anos após o crime, o assassino foi condenado, pelo Conselho de Sentença da Vara Criminal de Bragança a 33 anos de reclusão, a serem cumpridos em regime inicialmente fechado, pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. À época, a sessão de júri foi presidida pela juíza Cintia Walker Beltrão Gomes. 

Antônio Sérgio, que já conta com antecedentes criminais, teve negado pela magistrada o direito de recorrer em liberdade, e já saiu preso do Salão do Júri da Comarca de Bragança. Dentre as testemunhas de acusação estavam peritos, policiais e a mãe da vítima, que assumiu ter mantido um envolvimento de dois meses com o acusado, mas rompeu o relacionamento, retomando seu casamento. Para a Promotoria de Justiça, o rompimento do romance desencadeou o sentimento no acusado de se vingar do casal. Na acusação atuaram os promotores de justiça Daniel Barros e Bruno Sanches Damasceno, e na assistência do réu, o defensor público Renan França Rodrigues. 

O crime - Consta na denúncia que a vítima, Pethrus Augusto Maia Orozzco, estava em frente à residência de seus avós, quando foi levado por Antônio, no final da tarde do dia 20 de abril de 2008. O corpo da criança foi encontrado dois dias depois no lago Buracão, na estrada Braqança/Aiuruteua, na localidade Bacuriteua. O acusado teria tentado levar a irmã de Pethrus também, à época com 10 anos, mas ela entrou na casa dos avós. Antônio Sérgio havia sido vizinho da família da vítima.

Reincidente - O réu, acreditem os leitores, atualmente se encontra em liberdade por conta de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça que reconheceu a necessidade de se aguardar o esgotamento dos recursos no processo. E mais. O ex-oficial é estudante de direito estando matriculado na universidade Estácio, em Belém. E este não foi o primeiro crime atribuído ao acusado. Em 1996 ele foi condenado, em Rondon do Pará, pelo estupro de uma garota de 14 anos. 

Passados mais de 17 anos, a família não entende porque o Ministério Público não toma providências para que o assassino seja devolvido ao cárcere para cumprir a pena a qual foi condenado. Em contato com O Antagônico, o procurador geral do MP do Pará, Alexandre Tourinho, disse que irá pedir, em caráter de urgência, a prisão do ex-oficial de justiça, uma vez que já é entendimento dos tribunais superiores que o réu cumpra a pena depois do julgamento. 

“Trata-se de um crime bárbaro e covarde praticado contra uma criança. O MP irá agir fortemente para que a justiça seja feita”. Pontuou Tourinho.

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