O Empresário. O Negócio de R$ 2 Milhões. Os Pistoleiros. Os Tiros e a Morte na Conveniência


 

Muita coisa ainda virá a tona sobre a morte do empresário Jevelis Grey Panassolo, executado a tiros na manhã de quarta-feira,24, dentro de uma loja de conveniência as proximidades do Mangueirão. Imagens de uma câmera de segurança registraram a ação criminosa. No vídeo, um homem aparece em uma motocicleta enquanto o comparsa, vestindo camisa vermelha, corre atrás da vítima, que usa camisa cinza e tenta fugir. A vítima ainda tenta se abrigar na loja de conveniência, mas, ao abrir a porta, é atingido pelo primeiro disparo. Mesmo tentando se proteger, ele é atingido por outros tiros efetuados pelo suspeito. Após o crime, os dois envolvidos fugiram do local.

Jevelis Panassolo intermediava uma negociação avaliada em cerca de R$ 2 milhões para outro homem, que não estava presente no momento do ataque. A Polícia Civil informou que nenhuma linha de investigação está descartada, mas ainda não há confirmação de que a negociação tenha relação direta com o homicídio. Até o momento, nenhum suspeito foi identificado ou preso. O caso será investigado pela Seccional da Cabanagem.

Jevelis Grey Panassolo, de 53 anos, foi preso em 2016 pela Polícia Federal. Ele foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ameaçar assentados com equipe armada em Rurópolis, no sudoeste do Pará, para continuar a explorar ilegalmente área de assentamento. O MPF acusou Panassolo, junto com outro pecuarista, de ter grilado, ou seja, tomado posse de terra pública por meio de fraudes em documentos, um imóvel denominado Fazenda Cachoeirinha no mesmo município. 

A Procuradoria Federal Especializada (PFE) a serviço do Incra apontou a falsificação de certidão do órgão, utilizada para obter licença de plano de manejo que incidiu sobre três assentamentos em Rurópolis. O empresário também respondeu a uma denúncia de crime de submissão de 11 trabalhadores a trabalho escravo. O MPF chegou a pedir ao Poder Judiciário a condenação de Jevelis a 32 anos e seis meses de prisão e multa pelos crimes de uso de documento público falso, fraude processual, ameaça e desmatamento ilegal de 19 mil hectares.

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