Um homem que se apresentou como policial militar de Goiás e uma mulher foram presos em flagrante em Portel, no Arquipélago do Marajó (PA), após tentarem comprar uma criança. A prisão ocorreu durante uma operação disfarçada da Polícia Civil, que recebeu denúncias sobre a ação do casal. Equipes da Delegacia de Portel, vinculada à Superintendência Regional das Ilhas do Marajó, iniciaram as buscas após receberem relatos de que o casal tentava adquirir uma criança na região. Segundo a delegada Fabiana Santos, as primeiras tentativas teriam ocorrido no município de Melgaço, sem sucesso. Já em Portel, os suspeitos abordaram um homem oferecendo uma quantia elevada para intermediar a transação ilegal.
“Quando constatamos que eles estavam verbalizando o valor a ser pago, demos voz de prisão em flagrante pelo crime de tráfico de pessoas”, afirmou a delegada, ressaltando que toda a ação foi monitorada por policiais à paisana. Durante a prisão, o homem resistiu às ordens da equipe, o que levou ao acionamento de apoio da Polícia Militar do Pará. Com ele, foi apreendida uma arma de fogo.
O casal estava hospedado em um hotel no centro da cidade, acompanhado de uma criança de oito anos, filho da suspeita. De acordo com o delegado Paulo Junqueira, superintendente da região, os policiais encontraram ainda uma mala com roupas de recém-nascido, fraldas descartáveis, mamadeiras e três celulares.
Nos aparelhos, foram localizadas certidões de nascimento de bebês de outros estados, levantando a suspeita de que o casal possa integrar uma rede de tráfico de crianças. A criança que acompanhava a mulher foi entregue ao Conselho Tutelar para procedimentos de proteção e avaliação. As investigações seguem em andamento para identificar possíveis vítimas, ouvir testemunhas e apurar se o casal já atuou em outros municípios.
“Há indícios de que essa dupla possa ter praticado o mesmo crime em outras cidades. Agora buscamos entender se há mais pessoas envolvidas nessa negociação criminosa”, afirmou o delegado Hennison Jacob, da Diretoria de Polícia do Interior. O casal passou pelos procedimentos na delegacia e permanece à disposição da Justiça.
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